16 de Novembro de 2020

Financiamento estudantil: o que é e como reduzir os riscos para a IES

Oferecer bolsas de estudo e possibilidades de financiamento das mensalidades é uma oportunidade para atrair e reter alunos em Instituições de Ensino Superior (IES). No entanto, é importante ter um planejamento para não prejudicar a gestão financeira. 

Além de contribuir para aumentar o faturamento da instituição, as bolsas de estudo e financiamentos dão oportunidade a alunos que não teriam recursos financeiros para concluir o curso. 

Dessa forma, é possível reduzir a taxa de evasão e de inadimplência, um grande desafio para os gestores acadêmicos.

O financiamento mais conhecido é o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), um programa do Ministério da Educação (MEC) que tem o objetivo de promover o acesso de jovens ao ensino superior.

O programa, que existe desde 1999, passou por algumas mudanças significativas em 2018 que alteraram seu funcionamento. 

A nova modalidade é voltada a estudantes com renda per capita mensal familiar de até três salários mínimos e não tem cobrança de juros. 

Assim, o financiamento é de pelo menos 50% do valor da mensalidade das instituições participantes.

Outra modalidade, chamada P-FIES, é destinada a pessoas com renda familiar entre três e cinco salários mínimos. 

A principal diferença entre ambas é que os recursos da primeira vêm do governo federal, enquanto a segunda é financiada por bancos privados que estabelecem as taxas de juros.

Para participar, o candidato precisa cumprir alguns requisitos:

  • Participação no Enem e obtenção de média aritmética das notas igual ou superior a 450 pontos e nota superior a 0 na redação;
  • Possuir renda familiar bruta de acordo com as regras de cada modalidade.

Vantagens de oferecer financiamento estudantil

Nos últimos anos, com a crise financeira e o crescimento do desemprego, muitas pessoas têm tido dificuldades para arcar com o valor total da mensalidade de cursos superiores, o que impossibilita seu acesso ou permanência na instituição.

Nesse cenário, oferecer modalidades de financiamentos, bolsas de estudo e descontos é uma forma da IES manter-se competitiva e expandir sua atuação no mercado. 

Confira as principais vantagens de implementar este programa:

  • Aumentar a captação de alunos;
  • Garantir o preenchimento de turmas;
  • Reter alunos que tiveram problemas financeiros e precisariam abandonar a instituição ou os estudos;
  • Valorizar alunos com boas notas;
  • Promover o acesso à educação e trazer diversidade para a instituição;
  • Reduzir a evasão e a inadimplência.

Como reduzir os riscos para a IES

Com as mudanças implementadas no FIES, houve uma redução da oferta de novos contratos e cortes orçamentários no programa que causaram a redução do valor máximo de cobertura da mensalidade, passando de R$ 7,6 mil para R$ 5 mil.

Além disso, o desemprego e a crise financeira afetaram muitos estudantes, dificultando o acesso e a permanência de muitos no ensino superior.

Assim, as IES precisam estar preparadas para lidar com riscos como atrasos no repasse do pagamento, inadimplência por parte dos estudantes e cancelamentos de matrículas. 

O primeiro passo para diminuir esses problemas é conhecer o perfil socioeconômico de seu público e adaptar-se a ele, pois, além da mensalidade, os estudantes também têm outros custos para manter-se no curso, como aquisição de material didático, transporte, alimentação, moradia, etc.

Nesse sentido, é importante que a instituição crie estratégias para ajudar os alunos a reduzirem gastos, como oferecer opções de alimentação a preços saudáveis dentro do campus e estimular programas de estágio e inserção no mercado de trabalho, por exemplo.

Além disso, a tecnologia tem um papel muito importante nesse processo. A utilização de material didático digital e o investimento em estrutura de bibliotecas e laboratórios de informática facilitam o acesso dos estudantes e podem ser fatores decisivos para a retenção.

Outro risco de implementar um programa de financiamento é a falta de pagamento após a conclusão do curso, já que muitos estudantes têm dificuldade de se inserir no mercado de trabalho. 

Para isso, a IES pode criar cursos de capacitação e consultorias, além de firmar parcerias com empresas para ajudar os alunos que estão buscando emprego.

Alternativas ao financiamento estudantil

Por se tratar de um programa governamental, o FIES é a principal forma de realizar um financiamento estudantil. 

No entanto, existem algumas alternativas que incentivam o ingresso e a permanência dos estudantes e podem trazer maiores benefícios para a IES, de acordo com o cenário financeiro de cada instituição.

Confira as principais:

  • Financiamento estudantil próprio: a instituição de ensino pode criar um programa de implementação e gestão do empréstimo aos estudantes, ficando responsável pelas cobranças e recebimento dos pagamentos. Com isso, é possível reduzir os custos com parcerias externas e criar contratos adaptados à realidade da IES.
  • Parceria com empresas: muitas instituições têm parcerias com empresas e oferecem bolsas, descontos e empréstimos facilitados para os funcionários. Dessa forma, é possível aumentar a fidelização de alunos e reduzir o risco de inadimplência, já que a organização realiza investimentos mensais para melhorar o ensino.
  • Parceria com instituições financeiras: outra forma de reduzir os riscos financeiros para a IES é associar-se a operadoras financeiras que realizam o empréstimo diretamente ao aluno. Assim, a instituição não precisa fazer a gestão das operações e também diminui os riscos e a burocracia do processo.

Essas medidas, aliadas a uma gestão financeira eficiente, contribuem para manter o equilíbrio das finanças e permitem a criação de programas que beneficiam tanto a instituição quanto o público geral.

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  • O que são bolsas e descontos;
  • Principais tipos de bolsas e descontos;
  • Por que oferecê-los;
  • Como calcular a porcentagem ideal;
  • Dicas para calcular bolsas e descontos na mensalidade;
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